10 maio, 2010

Vigilantes substituídos por ‘robots’: é o ‘Robvigil’

Máquina terá uma autonomia entre 16 e 24 horas, poderá perseguir intrusos e deverá custar entre 20 e 30 mil euros

Era uma imagem apenas conhecida dos argumentos futuristas de Hollywood, mas que está cada vez mais próxima da realidade. Um conjunto de universidades e empresas portuguesas associaram-se para fazer nascer, dentro de dois anos, um robot vigilante inteligente: o Robvigil.


Segundo Augustin Olivier, adjunto da direcção do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) do Porto, “o princípio é criar um robot que vigie grandes áreas em recintos fechados, com ou sem pessoas”. Recintos que podem ser armazéns ou centros comerciais, por exemplo. O projecto quer que estas máquinas sejam extensões dos humanos que estão no terreno, pelo que terão “capacidade para fazer rondas, reconhecer e seguir intrusos, tal como trabalhar em equipa com outros robots ou com humanos por tele e videoconferência”, diz.

Entre as características que o Robvigil vai ter, destaque para uma capacidade de visão de 360 graus, além de detectar fugas de gás, incêndios, fumo, água no chão. “Como os sistemas de alerta actuais estão colocados no tecto, por norma, há sempre um atraso na activação e envio do aviso de incêndio ou fuga de gás”, recorda Augustin Olivier. Os robots terão uma autonomia de 16 a 24 horas e podem ser recarregados no próprio local que estão a patrulhar.

O investigador destaca a capacidade de trabalho em equipa, dado que os robots vigilantes estarão preparados para cooperar entre si e com pessoas para realizar um objectivo.

Pretende-se ainda que simplifiquem as tarefas humanas, pois podem ser teleguiados em tempo real por controlo remoto, criando um novo paradigma de cooperação entre homem e máquina.

O projecto, pioneiro no mundo segundo os responsáveis, está orçado em 1,2 milhões de euros e é uma iniciativa do QREN, co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional. A investigação arrancou em Fevereiro pela mão de um consórcio que engloba o INESC Porto, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a Clever House, a Strong Segurança e a Sinepower Consultoria. “É um consórcio com empresas muito dinâmicas, onde se uniram vários interesses”, frisa Augustin Olivier. A este grupo junta-se ainda um design studio que dará “uma imagem mais profissional e com maior credibilidade”.

Embora seja feito em Portugal, o mercado externo é o principal objectivo, pois uma das empresas “já tem grande experiência nessa área”. Olivier não avança com projecções de vendas, mas estima que o Robvigil chegue ao mercado com um custo a rondar os 20 a 30 mil euros.

E o robot não põe em risco postos de trabalho? O investigador admite que sim, mas garante que “serão criados outros e teremos vigilantes com mais formação. E teremos uma redução dos riscos humanos associados às tarefas de vigilância”. Já para o presidente da Associação Nacional de Vigilantes, Rui Silva, o robot “poderá ser um bom complemento” (ver entrevista na página ao lado).

Curiosa pode ser a reacção da população. “Nos meios de investigação não é uma realidade totalmente nova, mas ao nível da população será curioso”, diz Augustin Olivier. O investigador admite que “é sempre complicado, mas, com o tempo, as pessoas vão habituar-se e olhar para os robots com natural indiferença”.
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